Edição 55

Foto de Hick Duarte, com edição de moda de Leandro Porto e beleza de Krisna Carvalho

Por Bruno Astuto

Alguma coisa acontece no meu coração. Uma não, várias. A primeira é a estreia da tão aguardada novidade na cidade que tão bem me acolheu: o CJ Shops, nosso novo shopping nos Jardins, irmão caçula do nosso amado Cidade Jardim. Em comum, o espaço aberto, o verde, a seleção incrível de restaurantes e lojas – yes, Isabel Marrant e Ines de la Fressange abrem ali suas primeiras lojas na América Latina. De diferente, a localização geográfica: o reencontro do bairro que traz o nosso DNA no nome com seu histórico de epicentro da moda paulistana.

Nesta edição, você vai saber tudo sobre o novo destino – ou quase tudo, porque muito há de vir, fique de olho. Outra novidade é a chegada da Celine ao piso térreo do Cidade Jardim, com sua belíssima primeira loja na América do Sul. Ícone do savoir-faire francês, a marca completou 75 anos em 2020 com a força criativa do estilista Hedi Slimane.

Conte com todos os hits que amamos: as bolsas “Triomphe”, a alfaiataria impecável declinada nos blazers e nas jupes-culottes, as blusas com jabô, os jeans espetaculares, as botas e os mocassins – estes trazidos para o guarda-roupa feminino nos anos 1960 pela fundadora da grife, Celine Vipiana – tudo com uma finalização rock-chic.

A segunda é a emoção de ter Claudia Raia em nossa capa. A mulher-monumento que não é feita de gesso; sua natureza é o movimento, a metamorfose, a insubmissão. Coisas de que tanto precisamos para traçar um futuro para o qual ninguém estava preparado, mas que podem despertar a consciência sobre o planeta em que ainda não aprendemos a viver.

Ao mergulharmos nas recém-lançadas biografias de Claudia – sim, são duas -, é impossível não admirar os 37 anos de dedicação às artes e os 54 de uma vida consagrada à liberdade de ser e pensar.

A revista que chega às suas mãos bateu seu recorde de páginas e está lotada de novidades das marcas que estão presentes em nossos shoppings e em nosso e-commerce pioneiro, o CJ Fashion. Quando finalizamos a edição, bateu um orgulho imenso dos profissionais que estão por trás das lojas.

Num ano tão desafiador, a criatividade, o talento e o suor da fronte os revestiram de bravura e confirmaram sua capacidade de resistir e trazer beleza para nossas vidas.

Mas nossas mãos não servem apenas para bater merecidas palmas para eles. Nossa capa convida ao despertar, a novos voos que, invariavelmente, passam pela conexão com o coletivo.

Minha saudosa amiga Gisella Amaral dizia algo que nunca vou esquecer. “Para ajudar o próximo, você tem à disposição três ‘B’s: o braço para construir, a boca para levar uma palavra de conforto, e o bolso para viabilizar”. Recorremos aos amigos e amigas do CJ para listar algumas sugestões de entidades com as quais você pode generosamente colaborar com um, dois ou três ‘B’. Confira na página 48.

Que o nosso 2021 seja mais suave, gentil e cordial. E que ponhamos em prática as lições de respeito, empatia e sensibilidade que, espero, estamos aprendendo. Tenho fé.